Weekly Chart 30/05/2025: Radar do Mercado – Da Competição de Chips Entre Nvidia e Huawei Aos Novos Rumos da Salesforce

No Weekly Chart, navegamos por águas movimentadas onde a tecnologia e a geopolítica se encontram. A semana foi marcada por uma intensa reestruturação na Microsoft para focar em Agentes de IA e pela contínua disputa de gigantes como Nvidia e Huawei no mercado de chips chinês. Ao mesmo tempo, a Amazon otimiza suas operações com um congelamento no orçamento de contratações no varejo , enquanto o Citigroup anuncia uma reestruturação global em TI. De parcerias estratégicas, como a da Salesforce com a Ferrari , a novas fronteiras na saúde com avanços da Thermo Fisher Scientific, esta edição traça um mapa dos acontecimentos que estão definindo as rotas para o futuro dos negócios e da tecnologia.

DATA CENTER

O governo federal adiou a implementação da nova política para instalação de data centers no Brasil, um programa que previa R$ 2 trilhões em investimentos ao longo de 10 anos. O texto da medida provisória (MP) já estava pronto para ser anunciado pelos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento e Meio Ambiente. No entanto, o lançamento foi suspenso devido à polêmica gerada pelo anúncio de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que criou uma crise a ser contida pelo governo.

Fonte: Baguete

AIRBNB

Em uma entrevista recente, o CEO da Airbnb, Brian Chesky, destacou três atributos cruciais que, em sua visão, diferenciam fundadores de gestores. O primeiro é o amor único pelo negócio, que ele compara ao de um “pai biológico”, afirmando que há uma paixão e um amor profundos quando a empresa “veio de você, é você”. O segundo atributo é a “permissão” para fazer grandes mudanças, algo que um fundador, diferentemente de um gestor, sente que tem total controle e autoridade para executar.

Por fim, Chesky argumenta que um fundador conhece as raízes e a estrutura fundamental da empresa de uma forma que um gestor não consegue, pois “você a construiu, então você sabe como reconstruí-la”. No entanto, ele também apontou dois grandes riscos para os fundadores: a dificuldade da maioria em escalar para administrar uma empresa de grande porte e a necessidade de um plano de sucessão, um desafio inevitável para que grandes companhias sobrevivam aos seus criadores, como visto nos casos de Disney e Steve Jobs.

Fonte: Business Insider

HEALTHCARE

A Omada Health, empresa de cuidados virtuais para doenças crônicas, planeja levantar até US$ 158 milhões em sua Oferta Pública Inicial (IPO), buscando uma avaliação de mercado de até US$ 1,1 bilhão. De acordo com o prospecto atualizado, a empresa pretende vender 7,9 milhões de ações a um preço entre US$ 18 e US$ 20 por ação.

O IPO da Omada, previsto para a próxima semana, ocorre logo após a estreia da Hinge Health na bolsa, sinalizando um possível aquecimento de Wall Street para empresas de saúde digital. A empresa, que oferece programas para pacientes com condições como pré-diabetes, diabetes e hipertensão, se descreve como um “modelo de cuidado entre consultas”. A receita da Omada cresceu 57% no primeiro trimestre, para US$ 55 milhões, enquanto o prejuízo líquido diminuiu de US$ 19 milhões para US$ 9,4 milhões no mesmo período. A empresa será negociada na Nasdaq sob o ticker “OMDA”, com Morgan Stanley, Goldman Sachs e JPMorgan Chase liderando a oferta.

Fonte: CNBC

O Partido Republicano dos EUA está avançando com um projeto de orçamento que inclui medidas para reverter significativamente a cobertura do Affordable Care Act (ACA), conhecido como Obamacare. As mudanças propostas, que visam economizar recursos para cobrir o custo da extensão dos cortes de impostos do ex-presidente Trump, podem levar à perda de cobertura para milhões de americanos. O Congressional Budget Office estima que cerca de 3 milhões de pessoas a mais ficariam sem seguro.

As medidas incluem o fim da reinscrição automática em planos do ACA, exigindo que os beneficiários se reinscrevam ativamente e verifiquem sua renda anualmente, e a remoção do limite de quanto os beneficiários teriam que reembolsar em subsídios caso sua renda aumente. Grupos de defesa de pacientes, como a American Cancer Society Cancer Action Network, criticaram as propostas, afirmando que elas teriam um “impacto devastador” no acesso e na acessibilidade ao seguro de saúde.

Fonte: Axios Pro

Apesar da eficácia das estatinas, doenças cardíacas e derrames continuam sendo as maiores causas de morte no mundo. Uma nova onda de medicamentos cardiovasculares, que vão além da redução do colesterol LDL, está em fase de testes e pode revolucionar o tratamento. Empresas como Eli Lilly, Merck, AstraZeneca, Amgen e startups de edição genética como Crispr Therapeutics e Verve Therapeutics estão desenvolvendo tratamentos que vão de pílulas diárias a injeções semestrais e infusões únicas que podem durar a vida toda.

Essas novas terapias visam não apenas o colesterol LDL, mas também outros fatores de risco como triglicerídeos e a lipoproteína(a). A Merck está testando uma pílula (MK-0616) que reduz o LDL, enquanto a AstraZeneca desenvolve uma alternativa (AZD0780) que não exige jejum. A Verve Therapeutics, por sua vez, utiliza edição de bases para desativar permanentemente o gene que produz a PCSK9, responsável por regular os níveis de LDL, com uma única infusão.

Fonte: Barron’s

O setor de saúde nos EUA tem apresentado um desempenho inferior ao mercado em geral, com o ETF Health Care Select Sector SPDR ficando 9,1 pontos percentuais abaixo do S&P 500 anualmente nos últimos cinco anos. Fatores como as controversas nomeações de Robert F. Kennedy Jr. para o HHS e Marty Makary para o FDA, o colapso das ações da UnitedHealth Group e o escrutínio contínuo sobre os preços do Medicare contribuíram para o sentimento negativo. Incerteza regulatória, disrupções pós-pandemia e a percepção de falta de inovação fora dos medicamentos GLP-1 também pesam sobre o setor.

No entanto, analistas técnicos apontam que o setor pode estar em um ponto de inflexão, indicando uma condição de “washout” (liquidação extrema). A queda relativa do índice de saúde em relação ao S&P 500 atingiu um nível historicamente baixo, o que no passado precedeu ralis significativos, com retornos médios de 17% a 21% nos 12 meses seguintes. Além disso, insiders de empresas como UnitedHealth e Humana têm comprado ações, um sinal de confiança na recuperação. Apesar disso, outros analistas, como os do Bank of America, permanecem cautelosos, apontando que o setor se tornou mais arriscado, com margens em queda e dívidas em alta, embora reconheçam que a avaliação de muitas ações é atrativa.

Fonte: Barrons

Os Centros de Serviços Medicare & Medicaid (CMS) dos EUA anunciaram uma expansão significativa em seus esforços de auditoria para os planos Medicare Advantage (MA), com o objetivo de combater fraudes, desperdícios e abusos. A agência começará imediatamente a auditar todos os contratos MA elegíveis a cada ano de pagamento e investirá recursos adicionais para acelerar a conclusão das auditorias pendentes de 2018 a 2024. Os planos MA recebem pagamentos ajustados ao risco, com valores mais altos para pacientes com condições mais graves, e as auditorias visam confirmar se os diagnósticos que justificam esses pagamentos são apoiados por registros médicos.

Para lidar com o grande atraso nas auditorias e o potencial de superfaturamento anual, que estimativas federais sugerem poder chegar a US$ 17 bilhões , o governo Trump introduziu um plano para concluir todas as auditorias restantes até o início de 2026. O plano inclui o uso de tecnologia avançada para revisar registros, a expansão da equipe de codificadores médicos de 40 para aproximadamente 2.000 até setembro de 2025, e um aumento no volume de auditorias, passando de cerca de 60 planos por ano para todos os 550 planos elegíveis.

Fonte: South Florida Hospital News

NVIDIA │ CHINA

A Nvidia está desenvolvendo um novo chip para a China, provisoriamente chamado de B30, que permitirá aos clientes conectar múltiplos chips para formar clusters de computação de alto desempenho. Este movimento é uma resposta às crescentes restrições de exportação dos EUA, que até agora se concentraram no desempenho de um único chip. A Nvidia tem redesenhado seus chips para o mercado chinês para cumprir as regulamentações, mas está ficando sem maneiras de manter seus produtos competitivos.

O novo sistema já atraiu o interesse de grandes clientes chineses, como ByteDance, Alibaba e Tencent. A Nvidia planeja produzir mais de 1 milhão de chips B30 este ano, mostrando seu esforço para manter uma posição dominante no mercado chinês de chips de IA, mesmo diante dos desafios regulatórios.

Fonte: The Information

SMARTPHONES

A IDC reduziu sua previsão de crescimento para o mercado global de smartphones em 2025 para menos de 1%, esperando agora um crescimento anual de 0,6%, totalizando 1,24 bilhão de unidades. A previsão anterior, de fevereiro, era de um crescimento de 2,3%. A revisão para baixo deve-se ao impacto de potenciais tarifas de importação e desafios econômicos, como inflação e desemprego, que levam a um gasto mais lento por parte dos consumidores.

O crescimento do mercado deve permanecer em um dígito baixo durante o período de previsão de cinco anos, até 2029, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 1,4%. Fatores como a alta penetração de smartphones, ciclos de atualização mais longos e a canibalização por smartphones usados contribuem para o crescimento anêmico. Os dois maiores mercados, China e EUA, devem crescer 3% e 1,9%, respectivamente, em 2025.

Fonte: Telecompaper

AMAZON

A Amazon está implementando um projeto confidencial chamado “Bend the Curve” para eliminar bilhões de listagens de produtos consideradas “improdutivas” de seu marketplace. A iniciativa visa limpar o catálogo de itens inativos ou com poucas vendas, com o objetivo de reduzir o número de ASINs (listagens de produtos únicos) ativos para menos de 50 bilhões, contra uma projeção de 74 bilhões até o final de 2024.

Este movimento faz parte de uma estratégia mais ampla de corte de custos liderada pelo CEO Andy Jassy e ajuda a controlar os custos de nuvem da divisão de varejo da Amazon. Embora a empresa continue a expandir sua seleção de produtos, o foco agora é em um catálogo mais enxuto e eficaz. A mudança é notável para a Amazon, conhecida como “A Loja de Tudo” por sua vasta expansão de catálogo, mas pesquisas recentes indicam que menos consumidores acreditam que a empresa oferece a melhor seleção de produtos.

Fonte: Business Insider

Na Amazon, a crescente pressão para o uso de inteligência artificial está mudando a cultura de programação. Alguns engenheiros de software afirmam que, como resultado, seus trabalhos estão se tornando mais rotineiros, menos reflexivos e com um ritmo muito mais acelerado. Eles relatam que a empresa aumentou as metas de produção e se tornou menos flexível com os prazos, o que os força a usar ferramentas de IA para acompanhar. A situação é comparada por historiadores do trabalho à “degradação” de funções vista na Revolução Industrial, onde ofícios qualificados foram divididos em tarefas mais simples e repetitivas.

Enquanto a gerência da Amazon e de outras gigantes de tecnologia, como Google e Shopify, promove a IA como uma ferramenta para aumentar a produtividade e liberar os funcionários de tarefas tediosas, há uma preocupação crescente entre os trabalhadores sobre a qualidade do trabalho e o futuro de suas carreiras. O papel do programador está mudando de “escrever código” para “revisar código” gerado por IA, o que muitos consideram menos gratificante. Além disso, há o receio de que a automação de tarefas de teste e documentação possa privar engenheiros juniores da experiência necessária para avançar na carreira.

Fonte: The New York Times

GOOGLE, REGULATÓRIO

Durante os argumentos finais no caso antitruste do Departamento de Justiça contra o Google, o juiz distrital dos EUA, Amit Mehta, questionou até que ponto deveria ir para limitar o monopólio da empresa em buscas na internet, incluindo restrições à sua competição em inteligência artificial. O juiz já havia concluído que o Google é um monopolista em buscas e abusou de seu poder.

O Departamento de Justiça propôs medidas severas, como a venda do navegador Chrome e a proibição de pagamentos à Apple para ser o motor de busca padrão, argumentando que a IA generativa é o novo ponto de acesso à busca. O Google argumentou que o governo não apresentou provas suficientes para justificar tais medidas e propôs soluções mais brandas, como a modificação de seus acordos de exclusividade. O juiz Mehta indicou que espera emitir uma decisão em agosto.

Fonte: The Wall Street Journal

SAMSUNG │ TSMC

A Samsung Foundry continua a enfrentar dificuldades com seus processos de fabricação avançados, com relatos da mídia sul-coreana indicando que o rendimento (yield) de seus chips de 3nm permanece em apenas 50%, mesmo após três anos de produção em massa. Este desempenho está significativamente atrás da líder de mercado TSMC, que relata rendimentos superiores a 90% para seu processo de 3nm.

Como resultado, a Samsung tem perdido a confiança de grandes clientes. O Google, por exemplo, estaria transferindo a produção do chip Tensor G5 para a TSMC, com um acordo que cobriria a produção até pelo menos o Pixel 14. Qualcomm e AMD também estariam se inclinando para a TSMC, atraídas pelo seu rendimento sólido. Enquanto isso, a Samsung planeja usar seus próprios chips de 3nm no próximo Galaxy Z Flip 7, uma medida que analistas veem mais como uma forma de cortar custos do que como um endosso à sua tecnologia.

Fonte: Chosun Biz, 9to5Google, JoongAng Ilbo, NotebookCheck

A Samsung Electronics anunciou um roteiro oficial para adotar substratos de vidro (glass interposers) no encapsulamento de chips a partir de 2028, marcando uma grande mudança em relação aos interposers de silício utilizados atualmente. Essa tecnologia é um componente crucial no encapsulamento de chips 2.5D, especialmente para semicondutores de IA, onde interconectam a GPU com a memória de alta largura de banda (HBM).

Os interposers de vidro prometem melhor desempenho, custos mais baixos e produção mais rápida, com maior precisão para circuitos ultrafinos. Embora a indústria esteja se movendo nessa direção, a abordagem da Samsung é diferente: a empresa está desenvolvendo unidades de vidro menores (sub-100x100mm) para acelerar a prototipagem, o que pode permitir uma entrada mais rápida no mercado. A iniciativa faz parte da estratégia de “Solução Integrada de IA” da Samsung, que une serviços de fundição, memória HBM e encapsulamento avançado para ganhar uma vantagem competitiva na corrida da IA.

Fonte: WCCFTech

SALESFORCE │ EARNINGS

Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre fiscal da Salesforce, que superaram as estimativas de consenso em receita e lucro, a reação de Wall Street foi mista. A empresa elevou sua perspectiva para o ano inteiro, mas o anúncio da aquisição da Informatica e preocupações com a maturidade do mercado de CRM geraram ceticismo.

O RBC rebaixou as ações para “sector perform”, citando a aquisição da Informatica e riscos de disrupção por empresas nativas de IA. Em contraste, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley mantiveram a classificação de “compra” e elevaram seus preços-alvo, vendo o investimento em IA como estrategicamente sólido e o preço da ação (17x FCF) como uma oportunidade, pois não precifica o sucesso em IA. Outros, como Citi e Wells Fargo, mantiveram uma postura neutra, esperando que as ações permaneçam em uma faixa de preço definida até que haja mais clareza sobre o cenário macroeconômico e a integração da Informatica.

Fonte: CNBC

GOOGLE │META │REGULATÓRIO

O governo alemão está elaborando planos para um imposto de 10% sobre grupos globais de internet, como Meta e Google, uma medida que pode intensificar as tensões comerciais transatlânticas. O comissário federal para mídia e cultura da Alemanha, Wolfram Weimer, confirmou que o novo governo está redigindo uma taxa digital sobre plataformas globais, embora alternativas como um compromisso voluntário das empresas de tecnologia para pagar mais impostos na Alemanha ainda estejam sendo consideradas.

A receita do imposto seria usada para fortalecer o cenário de mídia do país. Weimer afirmou que o imposto poderia se concentrar na receita de publicidade alemã das plataformas digitais e mencionou que uma taxa de 10% é considerada “moderada e legítima”. A medida segue o exemplo de outros países da UE, como França e Áustria, que já implementaram impostos digitais. A iniciativa foi elogiada por organizações de mídia alemãs, que pedem que as receitas sejam redistribuídas para fortalecer o jornalismo.

Fonte: Financial Times

NUCLEAR ENERGY

A NuScale Power, única empresa com aprovação dos EUA para um pequeno reator nuclear, obteve suporte regulatório para um segundo projeto, que pode entrar em operação até o final da década. A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) autorizou formalmente o projeto do reator de 77 megawatts da empresa. A NuScale já havia recebido aprovação semelhante em 2020 para uma versão menor, de 60 megawatts.

O interesse global em energia nuclear tem crescido à medida que empresas e governos buscam eletricidade limpa e disponível 24/7 para alimentar data centers e indústrias. A NuScale e outras empresas estão desenvolvendo os chamados pequenos reatores modulares (SMRs), que podem ser fabricados em série e montados no local. O CEO da NuScale, John Hopkins, afirmou que a aprovação da NRC ajudará a acelerar seus planos, citando a “demanda mundial” por essa tecnologia.

Fonte: Bloomberg

PHARMA │HEALTHCARE

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) cancelou um contrato de quase $600 milhões com a Moderna, destinado ao desenvolvimento de vacinas para futuras pandemias de gripe, incluindo a temida cepa H5N1 (gripe aviária). A decisão é vista por muitos como um golpe na preparação para emergências sanitárias e mais um sinal de cortes no orçamento de saúde.

Contudo, a questão fundamental talvez não seja a falta de dinheiro, mas de quem é a responsabilidade de pagar a conta. A indústria avícola, que enfrenta perdas de milhões de dólares devido à doença, tem um claro incentivo econômico para financiar uma solução. Investidores do setor farmacêutico e a própria Moderna — capitalizada pelos lucros da COVID-19 — também podem identificar aí um mercado viável. O recuo do governo não significa o fim do projeto, mas sim uma provável transição do financiamento público para uma solução impulsionada por interesses privados e pela lógica de mercado.

A Eli Lilly and Company anunciou um acordo definitivo para adquirir a SiteOne Therapeutics, uma empresa de biotecnologia privada que desenvolve inibidores de pequenas moléculas para o tratamento da dor. A transação inclui o STC-004, um inibidor de Nav1.8 pronto para a Fase 2, que pode se tornar um tratamento de última geração não opioide para dor crônica.

Pelo acordo, a Lilly adquirirá a SiteOne em uma transação que pode chegar a US$ 1 bilhão, incluindo um pagamento inicial e pagamentos subsequentes baseados em marcos regulatórios e comerciais. A aquisição é vista como um passo importante para a Lilly em sua busca por terapias inovadoras para a dor que não criem dependência, atendendo a uma necessidade não suprida para milhões de pacientes em todo o mundo.

Fonte: PR Newswire

A Novo Nordisk anunciou uma colaboração com diversas empresas de telessaúde, incluindo Hims & Hers Health, LifeMD e Ro, para aumentar o acesso dos pacientes ao seu medicamento para perda de peso, Wegovy®. A parceria permitirá que os pacientes agendem o envio do medicamento diretamente para suas casas através do programa de venda direta da Novo, o NovoCare Pharmacy, acessado por meio das plataformas de telessaúde.

Através do programa, pacientes elegíveis (sem seguro ou com seguro que não cobre medicamentos para obesidade) podem adquirir o Wegovy por um custo reduzido de US$ 499 por mês. Além disso, algumas plataformas, como a Hims & Hers, oferecerão pacotes que incluem o medicamento e uma assinatura com acesso a cuidados 24/7, suporte clínico e orientação nutricional, com preços a partir de US$ 599 por mês. A iniciativa visa garantir que os pacientes recebam o medicamento autêntico e aprovado pela FDA, sob os cuidados de um profissional de saúde licenciado, da maneira que escolherem.

OPENAI │ STARGATE

O projeto Stargate, anunciado pelo ex-presidente Trump como o “maior projeto de infraestrutura de IA da história”, com um valor de US$ 500 bilhões, enfrenta uma realidade mais complexa. Após quatro meses, o financiamento e o futuro do projeto, que envolve OpenAI, SoftBank, Oracle e o fundo de Abu Dhabi MGX, estão longe de ser simples. O valor de US$ 500 bilhões veio de cálculos da OpenAI sobre a necessidade de poder computacional, não de um capital já investido.

Até agora, o projeto tem cerca de US$ 50 bilhões em compromissos de investimento e construirá data centers exclusivamente para a OpenAI. A maior parte do financiamento direto foi para Abu Dhabi, para o projeto “Stargate UAE”, com a G42, um grupo de IA de Abu Dhabi, fornecendo até US$ 20 bilhões. Enquanto isso, o único projeto relacionado à OpenAI nos EUA é um data center de 1,2 GW no Texas, que na verdade é de propriedade e operado por outras empresas, com a Oracle alugando a capacidade para a OpenAI.

Fonte: Finacial Times

MICROSOFT

Em uma reunião geral com funcionários, a Microsoft destacou seu progresso na venda de ferramentas de inteligência artificial para clientes corporativos, revelando um grande contrato com o Barclays. O Chief Commercial Officer, Judson Althoff, anunciou que o Barclays concordou em comprar 100.000 licenças do assistente de IA Copilot da Microsoft.

Althoff também mencionou que dezenas de outros clientes, incluindo Accenture, Toyota, Volkswagen e Siemens, já possuem mais de 100.000 usuários do Copilot. Com um preço de tabela de US$ 30 por usuário/mês, cada um desses acordos representaria dezenas de milhões de dólares anuais, embora grandes clientes geralmente recebam descontos por volume. A notícia visa mostrar a Wall Street que a aposta multibilionária da Microsoft em IA está começando a dar frutos financeiros.

Fonte: Bloomberg

CSU │ SaaS │ M&A

O Volaris Group, parte da Constellation Software (CSU), anunciou a aquisição da PC Soft, uma empresa francesa líder no fornecimento de ferramentas de desenvolvimento de software utilizadas para criar programas de computador, aplicações web e aplicativos móveis. A aquisição expande ainda mais a presença do Volaris no mercado de plataformas para desenvolvedores.

Fundada em 1984 e sediada em Montpellier, a PC Soft é especializada em um conjunto de softwares de desenvolvimento de aplicativos multiplataforma que melhora a produtividade dos desenvolvedores e permite a implantação do mesmo código-fonte em diversos sistemas operacionais e plataformas móveis. Segundo John Isak, gestor de portfólio do Volaris, “a PC Soft oferece uma alternativa ao desenvolvimento de software tradicional, permitindo que os clientes desenvolvam aplicativos multiplataforma em uma velocidade ordens de magnitude maior”.

Fonte: Volaris Group

O Lumine Group, parte da Constellation Software (CSU), anunciou um acordo para adquirir a Datafusion Systems, uma empresa sediada nos Emirados Árabes Unidos. A Datafusion é especializada no fornecimento de produtos de comunicação segura e inteligência para operadoras de telecomunicações, agências governamentais e de aplicação da lei. Esta será a primeira aquisição do Lumine Group nos Emirados Árabes Unidos.

Com esta aquisição, o Lumine busca capitalizar a crescente demanda por detecção de ameaças em tempo real, vigilância governamental e análise de dados de telecomunicações, setores considerados críticos para a evolução da IA. A transação visa fortalecer a presença do Lumine no setor de sinalização e segurança, ampliando sua oferta de produtos e alcance de mercado. A conclusão do acordo é esperada para o início do terceiro trimestre, após a aprovação da Autoridade de Desenvolvimento de Dubai.

Fonte: Volaris Group

O Volaris Group, parte da Constellation Software (CSU), anunciou a aquisição da PC Soft, uma empresa francesa líder no fornecimento de ferramentas de desenvolvimento de software usadas para criar programas de computador, aplicações web e aplicativos móveis. A transação expande a presença do Volaris no mercado de plataformas para desenvolvedores.

Com sede em Montpellier, França, e fundada em 1984, a PC Soft oferece um conjunto de softwares para desenvolvimento de aplicativos multiplataforma que melhora a produtividade dos desenvolvedores e permite que os usuários implantem o mesmo código-fonte em diversas plataformas. Segundo John Isak, Gerente de Portfólio do Volaris, a “PC Soft oferece uma alternativa ao desenvolvimento de software tradicional, permitindo aos clientes desenvolver aplicativos multiplataforma em uma velocidade ordens de magnitude maior”.

Fonte: Volaris Group

A Jonas Software, parte do grupo Constellation Software (CSU), anunciou a aquisição da Wheatley Software Solutions, uma empresa britânica que fornece software para o setor de serviços públicos (utilities), ajudando organizações a gerenciar suas operações de medidores e ativos. A aquisição reforça o compromisso da Jonas com o setor de energia do Reino Unido e fortalece seu crescente portfólio de fornecedores de software especializados.

A Wheatley Software é reconhecida por sua experiência no mercado de energia do Reino Unido e por suas soluções que permitem que operadoras de medidores e provedores de ativos naveguem por processos complexos da indústria com precisão, eficiência e conformidade. Segundo Darrell Boxall, CEO da Jonas Software, “a Wheatley traz décadas de experiência, uma plataforma robusta e relacionamentos confiáveis com a indústria que se alinham perfeitamente com nosso foco estratégico”.

Fonte: James Cowper Kreston

MICROSOFT │ AI IN BANKING

O Bradesco desenvolveu uma solução interna chamada BIA Tech, que utiliza o GitHub Copilot e o Azure OpenAI Service da Microsoft para otimizar o desenvolvimento de software. A ferramenta auxilia os desenvolvedores melhorando a qualidade das instruções de trabalho, quebrando tarefas complexas em partes menores e permitindo a interação em linguagem natural para assistência durante o desenvolvimento.

Com a implementação, a equipe de TI do banco registrou ganhos de tempo que variam de 30% a 40% na escrita de trechos de código e uma redução de 23% no tempo de análise de incidentes, com 90% de assertividade nas soluções sugeridas pela IA. O objetivo da BIA Tech, que já conta com mais de 1.500 usuários, é capacitar os funcionários a trocarem tarefas repetitivas por atividades que explorem seu potencial criativo e cognitivo, com planos de expansão para todo o ciclo de vida de desenvolvimento de software.

Fonte: Microsoft

AI ENERGY

A crescente demanda por infraestrutura para data centers de Inteligência Artificial impulsionou o valor de mercado de quatro dos maiores e mais antigos grupos industriais da Europa – Schneider Electric, Siemens, ABB e Legrand – em um total de €151 bilhões desde o lançamento do ChatGPT. Essas empresas, fabricantes de componentes elétricos e de automação, estão se beneficiando diretamente dos investimentos massivos de big techs como Microsoft e Meta na construção de data centers.

Individualmente, o impacto é notável: na Schneider Electric, os pedidos de data centers já representam 24% do total em 2024. A Legrand viu sua receita no segmento dobrar desde 2019, chegando a 20% das vendas. Na ABB, os pedidos do setor cresceram a uma taxa anual de 24% entre 2019 e 2023, enquanto a Siemens, embora com atuação mais modesta, viu sua área de data centers crescer mais de 45% no primeiro semestre do ano fiscal, para cerca de €1,3 bilhão.

Fonte: Valor Econômico, via Financial Times

SAP

A Eternit, empresa líder no setor de materiais de construção, concluiu seu projeto de migração para o SAP S/4 Hana, a plataforma de gestão empresarial em nuvem da multinacional alemã. O projeto, que contou com um investimento de R$ 6,8 milhões, foi liderado pelas consultorias Seidor e Mignow.

Finalizada em 11 meses, a transição foi motivada pela necessidade de substituir a versão anterior do sistema SAP por uma mais moderna e ágil. Segundo Carisa Portela, CFO da Eternit, “a nova plataforma nos posiciona de forma mais competitiva no mercado, proporcionando uma base sólida para enfrentar os desafios futuros e explorar novas possibilidades em nosso negócio”.

Fonte: Baguete

TSMC

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), maior fabricante de chips por contrato do mundo, ainda está avaliando o momento ideal para adotar as máquinas de litografia de alta abertura numérica (High-NA) da ASML, que custam quase US$ 400 milhões cada. Segundo um executivo da empresa, Kevin Zhang, a TSMC ainda não encontrou uma razão convincente para utilizar a nova tecnologia em seus futuros nós de processo, como o A14, pois sua equipe continua a encontrar maneiras de estender a vida útil das máquinas atuais, obtendo benefícios de escalonamento.

Enquanto a TSMC hesita, citando o alto custo do equipamento, a concorrente Intel planeja usar a máquina High-NA EUV em seu futuro processo de fabricação, conhecido como 14A, em uma tentativa de competir melhor no mercado de chips por contrato. A ASML já enviou cinco dessas máquinas de ponta para três clientes no mundo: Intel, TSMC e Samsung. O CEO da ASML espera que os clientes testem a tecnologia para produção em alto volume entre 2026 e 2027, antes de avaliá-la em seus nós mais avançados.

Fonte: Reuters

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) teria recusado ofertas para construir novas fábricas de chips no Catar, Singapura e Índia, segundo um relatório da imprensa taiwanesa. A decisão ocorre em um momento em que a expansão internacional da empresa está no centro das atenções, após a construção de novas plantas no Japão e nos EUA, onde já produz chips avançados de 4 nanômetros.

A recusa em expandir para esses novos locais sugere que a TSMC está focando seus recursos em seus projetos atuais, especialmente nos EUA, onde aumentou seu investimento em US$ 100 bilhões no início deste ano, em um anúncio com o ex-presidente Trump. A decisão de construir nos EUA foi controversa, com o fundador da TSMC, Dr. Morris Chang, apontando que os custos mais altos poderiam resultar em um aumento de preço de 30% nos produtos ali fabricados. A recusa ocorre em meio a um debate sobre “IA soberana”, com nações do Oriente Médio e a Índia buscando atrair a TSMC para garantir capacidade de computação avançada dentro de suas fronteiras.

Fonte: DigiTimes

TSMC │ CAPEX

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), maior fabricante de chips por contrato do mundo, anunciou que abrirá um centro de design de chips em Munique, na Alemanha. A inauguração está prevista para o terceiro trimestre de 2025, conforme confirmado por Paul de Bot, presidente da TSMC Europa, durante o Simpósio de Tecnologia 2025 da empresa.

O novo centro tem como objetivo apoiar os clientes europeus no desenvolvimento de chips de alta densidade, alto desempenho e eficiência energética. O foco será em aplicações para os setores automotivo, industrial, de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT). A iniciativa complementa o projeto de construção de uma nova fábrica de microchips em Dresden, Alemanha, que a TSMC está desenvolvendo em parceria com a Infineon, NXP e Robert Bosch.

Fonte: Reuters

GOOGLE

Os aguardados óculos inteligentes (XR) do Google, que integram o assistente Gemini, displays na lente, câmeras e microfones, tiveram suas primeiras demonstrações públicas, e os reviews iniciais são bastante positivos, especialmente em comparação com o concorrente Ray-Ban Meta. Um dos principais diferenciais é a inclusão de um display diretamente na lente, que exibe textos de notificações, traduções e direções de navegação, oferecendo uma experiência mais natural e funcional que a de outros modelos.

Outro ponto de destaque é a performance do assistente de IA Gemini, que, segundo relatos, supera o Meta AI presente nos óculos Ray-Ban. Por fim, apesar da semelhança visual, os óculos do Google são notavelmente mais leves, um fator crucial para o conforto no uso diário. Embora o produto final possa sofrer alterações, as primeiras impressões indicam que o Google pode ter encontrado um caminho promissor para este mercado.

Fonte: ZDNet

O Google fez seu movimento mais decisivo para enfrentar a ameaça dos chatbots de IA, lançando o que o CEO Sundar Pichai chamou de uma “reimaginação total da busca” em sua conferência de desenvolvedores. A empresa está introduzindo um “Modo IA” que será integrado à sua barra de pesquisa, navegador e aplicativos, permitindo que os usuários recebam respostas conversacionais em vez da tradicional lista de links. Reforçando a importância da iniciativa, o cofundador Sergey Brin fez uma aparição surpresa, revelando que está trabalhando diariamente no laboratório de IA da empresa para acelerar o desenvolvimento em direção à inteligência geral artificial (AGI).

A nova abordagem coloca o Google diante do “dilema do inovador”: como integrar essa nova forma de busca sem prejudicar sua receita de publicidade de US$ 198 bilhões. A estratégia de monetização inclui a introdução de assinaturas pagas para seus produtos de IA mais avançados, com preços que variam de US$ 20 a US$ 250 por mês, e um plano para inserir anúncios no novo “Modo IA”. Apesar do avanço de concorrentes como o ChatGPT, o Google ainda mantém uma posição dominante, processando 90% de todas as buscas na web e com seu sistema Android operando em quase três quartos dos celulares globalmente.

Fonte: Financial Times

Demis Hassabis, CEO do Google Deepmind, afirmou que os “modelos de mundo” — sistemas de IA que simulam a estrutura da realidade — já estão fazendo um progresso surpreendente em direção à inteligência geral artificial (AGI). Ele apontou o mais recente modelo de vídeo do Google, Veo 3, como um exemplo, destacando sua capacidade de modelar a física intuitiva e capturar a dinâmica da realidade física, o que para ele é um sinal de que esses modelos estão acessando algo mais profundo do que a simples geração de imagens.

A construção de “modelos de mundo” sempre foi central na estratégia da Deepmind para alcançar a AGI, uma ideia que Hassabis nutre desde a adolescência. Essa abordagem, que também é o foco de pesquisadores como Richard Sutton e David Silver, defende que a IA precisa evoluir de uma dependência de dados fornecidos por humanos para sistemas que aprendem através da interação com seus próprios ambientes, de forma semelhante a humanos e animais. Para eles, os “modelos de mundo” são a tecnologia fundamental que possibilitará essa nova era da IA, baseada na experiência.

Fonte: The Decoder

AI IN BANKING

O banco suíço UBS está conduzindo um experimento que levanta questões sobre o futuro do trabalho no setor financeiro, ao criar “clones” digitais de cerca de três dúzias de seus analistas de ações. A iniciativa consiste na produção de vídeos curtos apresentados por avatares realistas, que seguem roteiros baseados nas notas de pesquisa dos analistas humanos que eles replicam.

Embora o resultado seja descrito como “ligeiramente inquietante” por a IA ainda não ser perfeita, o banco afirma que os vídeos gerados pelos avatares têm um desempenho tão bom junto aos clientes quanto os dos analistas tradicionais. O experimento do UBS destaca o potencial da inteligência artificial para assumir tarefas de comunicação e análise, gerando um debate sobre até que ponto a interação humana pode ser substituída nas altas finanças.

Fonte: Valor Econômico

ARTIFICIAL INTELLIGENCE

O uso rotineiro de inteligência artificial por estudantes universitários para completar tarefas e escrever ensaios está gerando uma crise no meio acadêmico. A situação, descrita como insustentável, envolve computadores avaliando trabalhos escritos por outros computadores, enquanto estudantes e professores se tornam observadores passivos. Embora a IA possa ser uma ferramenta pedagógica poderosa e os empregadores esperem que os graduados a dominem , seu uso indiscriminado ameaça o propósito fundamental da educação superior, especialmente nas humanidades, que visam incentivar o pensamento crítico.

Especialistas defendem que as universidades precisam estabelecer políticas claras sobre o uso de IA, com consequências para o uso indevido, e adotar métodos de avaliação mais rigorosos, como provas presenciais em papel e exames orais, para garantir que o aprendizado genuíno ocorra. A longo prazo, ferramentas para detectar textos gerados por IA devem amadurecer , mas a criação de novas normas no campus para esta nova era é vista como crucial para o futuro da universidade.

Fonte: Bloomberg

A adoção de inteligência artificial nos negócios está em plena fase de experimentação, com as empresas explorando aplicações para economizar tempo e custos, desde chatbots de atendimento ao cliente até ferramentas de análise de dados. Embora alguns usos, como a publicidade gerada por IA da Coca-Cola, tenham gerado reações negativas, a disrupção já é visível no mercado de trabalho, especialmente no setor de tecnologia. A Microsoft anunciou 6.000 demissões, incluindo em funções de engenharia de software, e empresas como o Duolingo adotaram uma abordagem “AI-first”, condicionando novas contratações à impossibilidade de automação. Em 2024, pelo menos 95.000 trabalhadores em empresas de tecnologia nos EUA foram demitidos.

Apesar do receio de demissões em massa, a tendência de longo prazo é a remodelação da indústria. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que até 30% do código da empresa já é escrito por IA, e o índice de vagas para desenvolvimento de software nos EUA está no nível mais baixo em cinco anos. No entanto, a disrupção também cria novas oportunidades: quase uma em cada quatro vagas de tecnologia nos EUA já busca explicitamente familiaridade com IA, e a automação libera os talentos de TI para se concentrarem em pensamento mais criativo, permitindo que startups escalem suas ideias mais rapidamente.

Fonte: Financial Times

SALESFORCE │INFORMATICA │M&A

A Salesforce está novamente em negociações para adquirir a Informatica, empresa de gerenciamento de dados em nuvem. As conversas, que podem ser finalizadas já na próxima semana, foram retomadas após terem sido interrompidas no ano anterior, quando as empresas não chegaram a um acordo sobre os termos e o valor da transação era estimado em cerca de US$ 10 bilhões.

Desde então, as ações da Informatica caíram e seu valor de mercado ficou abaixo de US$ 7 bilhões, o que pode ter facilitado o retorno à mesa de negociações. A Informatica é especializada em ajudar empresas a gerenciar e analisar dados em sistemas na nuvem e on-premise, contando com clientes como Unilever e Toyota. Uma aquisição pela Salesforce seria uma das maiores da empresa, atrás apenas da compra da Slack por aproximadamente US$ 28 bilhões em 2021.

Fonte: The Wall Street Journal, Bloomberg

SALESFORCE │AGENTFORCE

A ascensão dos agentes de IA autônomos, que podem completar tarefas, perseguir metas e tomar decisões em nome dos usuários, exige que os líderes empresariais questionem a forma como as funções estão atualmente configuradas em suas organizações. A afirmação é de Andy Valenzuela, vice-presidente executivo da Salesforce, que declarou durante o Workplace Innovation Summit da Fortune que “todo emprego deveria ser repensado”.

Valenzuela citou o exemplo de um cliente da Salesforce que implantou agentes de IA para acelerar o processo de análise e aprovação de empréstimos, uma tarefa que pode levar um “tempo humano tremendo” e que um agente de IA “pode fazer em questão de segundos”. Ele ressaltou que, embora um humano ainda tome a decisão final, a maior parte do trabalho tedioso agora é realizada pelos agentes. A ideia, segundo ele, não é substituir completamente os humanos, mas delegar tarefas repetitivas e reorientar o talento humano para oportunidades mais críticas e estratégicas.

Fonte: Fortune

GOOGLE │TSMC

O Google finalizou um acordo de múltiplos anos com a TSMC para a produção de seus futuros chips Tensor, marcando o fim da parceria com a Samsung Foundry para seus processadores. A transição começará com a linha Pixel 10 e o acordo garante a produção pela TSMC por pelo menos 3 a 5 anos, estendendo-se até, no mínimo, o Pixel 14.

A mudança para a TSMC representa um marco significativo para os smartphones do Google. O Pixel 10 será o primeiro da linha a utilizar um processador de 3nm, o que promete um grande salto em desempenho e eficiência energética. A adoção desta tecnologia de fabricação mais avançada visa proporcionar experiências mais confiáveis nos futuros dispositivos Pixel, alinhando o Google com outras gigantes da tecnologia, como Apple e Qualcomm, que também utilizam os processos de ponta da TSMC.

Fonte: Digitimes

ORACLE

A Oracle planeja gastar cerca de US$ 40 bilhões em chips de alto desempenho da Nvidia para equipar o novo data center gigante da OpenAI em Abilene, no Texas. O local, considerado o primeiro projeto do Stargate nos EUA — o esquema de data centers de US$ 500 bilhões liderado pela OpenAI e SoftBank —, terá 1,2 gigawatts de potência e será um dos maiores do mundo quando concluído no próximo ano.

A Oracle comprará aproximadamente 400.000 dos superchips GB200 da Nvidia e alugará o poder computacional para a OpenAI. O data center, cujos proprietários são a Crusoe e a Blue Owl Capital, está sendo financiado com US$ 15 bilhões em dívida e capital próprio, com o JPMorgan fornecendo a maior parte do financiamento da dívida. O projeto é um passo crucial para a OpenAI reduzir sua dependência da Microsoft, com quem encerrou recentemente o acordo de exclusividade de poder computacional.

Fonte: Financial Times

META AI

A Meta Platforms anunciou uma grande reestruturação em seu grupo de inteligência artificial generativa, responsável por apostas cruciais da empresa, como o modelo de linguagem Llama e o assistente Meta AI. O grupo foi dividido em duas equipes: uma focada em pesquisa de IA e outra em produtos de IA para o consumidor. A mudança ocorre após meses de desafios para a equipe, incluindo dificuldades no desenvolvimento do Llama 4 e a surpresa com o desempenho de modelos concorrentes.

A nova equipe de pesquisa será coliderada por Ahmad Al-Dahle, que chefiava todo o grupo, e Amir Frenkel, ex-vice-presidente de tecnologia de realidade mista. Connor Hayes, um executivo de produtos de longa data na Meta, liderará a equipe de produtos de IA para o consumidor. Segundo o Chief Product Officer da Meta, Chris Cox, a nova estrutura é uma grande atualização para “superar os maiores desafios” e “acelerar o progresso geral” da empresa no campo da IA.

Fonte: The Information

CORE VALUE QUEST

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